terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fotografia...

Vou contar um pouco da minha incursão no mundo da fotografia: Comecei com pouco mais de 15 anos a brincar com máquinas tipo Pocket, por volta dos meus 22 anos fiz um curso de desenho e pintura numa colectividade onde era director porque tinha algum jeito para o desenho e era muito solicitado para pintar cartazes revolucionários para as festas sindicais e coisas do género, dois anos mais tarde troquei uma acelera (Maxi Puch) por uma Canon AE1 Program com o intuito de tirar umas fotos de paisagens para depois passar para a tela(o bichinho da fotografia foi mais forte e ficou), fui fazendo umas fotos e mandava revelar numa loja de fotografia na Moita onde morava, o dono dessa loja ao ver as minhas fotos convidou-me para o ajudar nos casamentos eu aceitei passados 5/6 meses estava a fotografar casamentos para ele, trabalho que mantive em part time até ao ano de 2001 alternando o trabalho para fotógrafos com trabalho por conta própria, abandonei essa actividade quando começou a aparecer o digital e apareceram os fotógrafos de carregar pela boca, gostava de os ver nessa altura quando se andava com o coração nas mãos até ver os negativos revelados (isso é que era fotografia), hoje sigo com algum interesse e pena os tais ditos Workshops em que alguém escreveu há pouco tempo: Cheguei do IPF...Composição e...com a sensação...que nada sei...ou que terei muito ainda que aprender, mas há coisas tão intuitivas...Serão intuitivas?!...ou questão de sensibilidades...Saber olhar!!!!... . Porque hoje qualquer pessoa com uma máquina mais ou menos é fotografo e, se for esperto faz uns Workshops e vai ganhando algum dinheiro não ensinando nada a ninguém bem pelo contrário lança a confusão na cabeça dos incautos e nas redes sociais tenho encontrado alguns, aliás bastantes para o meu gosto, porque quem ama a fotografia não faz isso, peço perdão pelo radicalismo mas as coisas são mesmo assim. No que me toca quando vejo que alguém tem algum jeito ofereço a minha ajuda algumas vezes é aceite outra nem por isso talvez porque haja desconfiança e pensem que ninguém dá nada a ninguém, muito embora sejamos livres de aceitar ou não.
Recentemente o meu Mestre disse-me: O que conta não é o equipamento mas sim o que está dentro de nós…, tinha a ver com a Hasselblad que ele comprou e que é o Rolls Roice das máquinas fotográficas um brinquedo que custa só quase 30.000 euros.
Desculpem este desabafo mas tentem aprender com alguém ou organismos sérios que levem as coisas com seriedade e não o façam com gente que nem uma máquina sabe segurar, andam a tentar enganar meio mundo e cujo intuito é aliviar a carteira dos outros, ou em alternativa sejam autodidactas, leiam porque a ler também se aprende e bastante.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Será que...?

Certa noite num dia que não sei precisar do ano de 1976, regressava a casa depois de ter tocado numa matinée/soirée deveriam ser entre as 2 e 3 da manhã tinham-me deixado no largo da Câmara Municipal da Moita de onde fui a pé até minha casa onde chegaria depois de passar também por um caminho de terra batida onde não existia qualquer tipo de iluminação, quando me aproximava desse caminho que vulgarmente é chamado de azinhaga, apoderou-se um medo terrível de o enfrentar e quando já pensava seriamente em voltar para trás e ficar-me pela vila esperando pelo nascer do sol, eis quando se aproxima de mim um cão branco mas, de um branco que ainda hoje não me recordo de ter visto tonalidade igual, o animal colocou-se á minha frente e foi caminhando em direcção a minha casa olhando sempre de soslaio para se certificar que eu o seguia, sei que o medo desapareceu e lá cheguei a casa onde deixei o animal na garagem e fui dormir. Quando acordei a primeira coisa que fiz foi dirigir-me á garagem para ver o cão mas já lá não se encontrava, perguntei a minha mãe que me disse não o ter visto, ainda hoje me pergunto o que ou quem era o animal, meu pai tinha falecido á pouco tempo, ainda hoje me questiono se não seria Ele o meu anjo da guarda que sentindo os meus medos me veio ajudar a ultrapassa-los, sempre acreditei que foi algo para alem da minha compreensão que me deu a mão para eu seguir em frente, fazendo-me acreditar que nunca deveria recuar perante adversidades, por mais vezes me senti guiado por algo que não entendo.
Talvez um dia tenha o privilégio de entender o que está para além da minha compreensão, embora acredite que algo está para lá do que consideramos real…
Como disse Fernando Pessoa:
A meio caminho entre a fé e a crítica está a estalagem da razão. A razão é a fé no que se pode compreender sem fé; mas é uma fé ainda, porque compreender envolve pressupor que há qualquer coisa compreensível.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Para alguém

As decisões que tomamos nas nossas vidas não devem ser questionadas, mas aqueles que nos são próximos têm e devem questionar o porquê das coisas acontecerem, sem antecipadamente fazer um juízo de valor da razão, é muito difícil viver uma vida com outra pessoa sem que exista uma retribuição do carinho que nos dispomos a dar, poderia existir amor mas esse com o tempo vai-se diluindo e desaparecendo mas, ficam sempre recordações que nunca mais seremos capaz de apagar, mas tudo isto só é compreensível por quem já passou pelo mesmo ou quem faz um esforço de se manter neutro perante uma situação idêntica.
Nunca nem mesmo hoje sou capaz de odiar quem quer que seja por aquilo de mau que me têm feito aliás até o compreendo, o que não consigo entender é o facto de nunca ter existido a coragem de me olhar nos olhos e perguntar directamente as razões da minha razão ou, de me acusarem de ir por caminhos que na realidade nem fui eu que os procurou mas sim que me obrigaram a procurar e só por um motivo, sempre o mesmo motivo o materialismo, todas aquelas coisas que ao morrer-mos ficarão neste mundo e que para mim nunca tiveram nem irão ter significado algum, mas o essencial de tudo o AMOR esse, fica e durará até á eternidade.
Por vezes questiono, terei errado? e consigo responder: Bolas era tratado como um criado, era obrigado a fazer coisas que não queria fazer, quando procurava um pouco de conforto e carinho era-me negado, era comparado com pessoas que nunca fizeram nada na vida, tudo coisas que passavam despercebidas àqueles que comigo viviam o dia a dia, aqueles com quem eu estava e queria estar mais e que me abandonavam, que
me deixavam só em longas tardes de fim de semana onde eu podia pensar no que a vida me tinha reservado.
Quando se é capaz de interpretar uma frase numa lápide de alguém que amámos e se foi, deturpar todo o sentido de algo belo que lá se encontra então vem tudo ao encontro daquilo que eu sou e tudo o que os outros são: Daqueles que na vida te amaram e na morte não te esquecerão . Uma frase que engloba todos os que estão mas tambem todos aqueles que já se foram e ainda os que a amavam e por algum motivo iriam ser esquecidos.
Tudo isto tem o seu significado eu não estou esquecido, simplesmente adormeci, mas não me deixem ficar adormecido porque preciso de acordar antes que seja tarde demais.
Só peço uma coisa faz com que isto seja lido por quem aches que deva ler e só tu sabes quem é ou simplesmente ignora o que aqui está escrito e deixa o teu coração se transformar numa pedra.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Erros...

O grande orgulho da vida é olhar para ontem e sentir orgulho do que ficou para hoje.
A grande vontade é viver cada momento como se a receita para a felicidade fosse o aqui e agora.
Claro que a vida nos prega dolorosas partidas. É lógico que, por vezes, as coisas correm mal, o carro avaria, a saúde falta-nos ou mesmo chove demais.
Mas... Pensem só: tem alguma piada viver sem rir pelo menos uma vez por dia?
Não quero ser cego, casmurro ou esquecido. Quero viver bem!
Vivemos em tempos de problemas, desilusões, é normal. Por vezes esperamos
muito das pessoas, é normal. O dinheiro que não veio, o amigo que decepcionou,
tudo isto é normal.
O futuro não será diferente. O homem é cheio de imperfeições, a natureza tem a
sua personalidade e nem sempre é a que a desejamos, e que fazer?
Acabar com o bom humor? Com a esperança?
O que desejo para todos é sabedoria. Que todos nós saibamos transformar
tudo numa boa experiência.
Entender o amigo que não merece a nossa melhor amizade. Se ele decepcionou,
passa a ser menos amigo. Para além disso, não esqueçamos, também nós algures no tempo já decepciona-mos alguém.
O nosso desejo não se realizou? Bem, talvez não tivesse chegado a altura, ou não deveria ser o melhor momento para acontecer.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do homem. Não adianta
lutar contra isso. Mas se conseguir-mos entender e olhar as pessoas e o mundo com clareza, tudo parecerá diferente.
Desejo que todos tenhamos esse olhar especial.
O futuro pode ser especial se a nossa forma de olhar for diferente. Pode ser muito melhor, se entendermos as nossas fraquezas e egoísmos, e conseguir-mos mudar os nossos defeitos.
Somos fracos, mas podemos lutar para ser fortes.
Somos egoístas, mas podemos tentar entender quem nos rodeia.
Não que esqueçamos que:
Procuramos encontrar um fim, achando caminhos, enfrentando desafios e inventando a vida, mas não devemos esquecer que a solidão mata.....

terça-feira, 11 de maio de 2010

Viagem ao passado...

Há muitos anos que não entrava naquele local. Um café dos meus tempos de adolescente revolucionário. Pedi um café. O dono do café sorriu e olhou-me como se a minha cara não lhe fosse estranha, mas a incerteza talvez não lhe tenha permitido fazer-me qualquer pergunta. Sentei-me numa das mesas da sala, e senti-me estranho, mentiria se disse-se que me sentia como há anos atrás entre um pastel de nata, um café e um maço de tabaco comprado no primeiro intervalo da manhã. Não, não me senti assim, senti que o tempo passou, as mesas sendo as mesmas, o dono mantendo o seu sorriso simpático, senti que o tempo passou e senti que ali, apenas estavam fragmentos de um Eu tão distante de quem hoje sou.
Bebi o meu café fumei o meu cigarro, paguei com uma moeda de 50 cêntimos e um muito bom dia, obrigado e sai. Antes nunca sairia dali sem uma pastilha para mastigar na aula de Matemática, ou uns rebuçados de mentol para disfarçar o hálito do cigarro, tudo com apenas uma moeda de 20 escudos ou menos. Passei pela minha antiga escola, já há alguns anos que não o fazia. O mesmo aspecto, o mesmo cheiro estranho (haxixe) que logo consegui entender o que era, que se espalhava pelos corredores entrando pelas salas dentro e que infestava tudo quanto era sítio.
Passeei-me calmamente pelo pátio da escola. Os recantos de antes desapareceram, já não existem os bancos de madeira de tantas manhãs e tardes, estes são outros, já não guardam as conversas intermináveis entre amigos, os desabafos, os namoros entre aulas, muitos dos meus desesperos, muitas gargalhadas e sorrisos dos mais variados feitios e cores. Cruzei-me com um pouco de mim por aqui e por ali, mas não me reconheci, não creio que fizesse algum sentido falarmos, quanto mais que esse meu Eu me tivesse reconhecido e se tivesse dirigido a mim com um aperto de mão e me pedisse um cigarro ou lume depois de uma aula de Física. Não faria sentido. Não sei o que lhe diria se ele agora me perguntasse sobre os sonhos de antes, os medos, o que faço agora, se amo alguém, se sou feliz, se consegui o queria. Talvez lhe mentisse sobre algumas coisas, talvez lhe disse-se a verdade sobre outras, talvez apenas me limitasse a sorrir e lhe disse-se para esperar um pouco mais, cada coisa no seu tempo, sinceramente não sei.
Sai pelo portão de sempre, não voltei a pé para casa como antes o faria e entrei no carro e, sozinho lá fui lançando um olhar triste para o retrovisor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A Vida...

A cada dia que passa estou mais confuso. Não sei a razão apenas sei que quanto mais penso menos certezas tenho e mais me afasto do que sonhei ser a minha vida.
Sou pessoa de pensar muito e tento tomar as decisões mais acertadas, mas por vezes não consigo. Sinto-me preso a um passado que me magoou, a alguém que não me deu o valor que eu suponha merecer ou talvez o tenha dado à sua maneira.
Sinto-me dia após dia mais baralhado, com medo de não conseguir aquilo que penso ser o melhor para mim.
Sempre pensei que as pessoas deviam ser sinceras, principalmente os amigos. Mas existe sempre alguém que não tem sensibilidade para me dizer as coisas... devemos sempre dizer o que pensamos, mas devemos fazê-lo de forma correcta, sem magoar os outros, com todo o respeito e sabendo que em qualquer relação a confiança é a base de tudo.
Não aceito uma relação de amizade onde não se discuta, onde as coisas não sejam faladas, onde não se diz o que pode magoar e que queremos para nós! Não sei conviver a dois sem conversar...e muitas vezes as conversas não são agradáveis, mas através delas podemos solucionar problemas. Podemos decidir sair a qualquer momento, podemos tentar acertar as diferenças ou mesmo descobrir que estamos em tempos ou espaços diferentes.
Sinto-me perdido, ausente e fora do espaço onde me encontro. Mentia se dissesse que tudo está bem, que não me lembro, nem que quero saber...mas também mentiria se dissesse que desejo o que desejava há tempos idos!!!
Tenho aprendido a pensar mais em mim, que devo ser honesto e lutar por coisas que considero valer a pena!
Mas a minha dúvida surge: Será que quero mesmo? Será que ainda quero? Será que conseguirei esquecer?
Mas talvez o mais difícil seja, saber o que quero na realidade! Alguém tem certezas do que quer? Como saberemos que estamos a fazer o melhor? Como saberemos que aquilo que fazemos é o mais correcto?
Talvez nunca o saibamos mesmo!!!!!!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Esboço Meticuloso do Espirito Ferroviário

Com muita pena constato que vivo num País e trabalho numa empresa, onde existem muitas coisas e muita gente capaz, mas infelizmente estamos entregues a mentalidades mesquinhas, ridículas e tão lamentavelmente cheias de certezas, será que não existem tratamentos para cegueiras doentias, ou cura para a esquizo alucinações que afectam os responsáveis destas empresas e seus muitos seguidores?
A minha jornada leva-me diariamente a assistir a lamentáveis equívocos por parte de responsáveis desta empresa, que levam a enormes prejuízos quer financeiros quer operacionais e onde se nota a incúria dos altos dignatários da mesma, onde andará o discernimento para ver o que está mal ou será só falta de capacidade da retina ocular para conseguir reter o que é visível aos olhos mais sensíveis.
Gostaria de viver num País onde existisse responsabilidade nos actos, onde as decisões fossem ponderadas e onde a incompetência não fosse tão veemente premiada, mas infelizmente a história está contra mim sempre fomos e seremos o malfadado rabo da Europa, entretanto estou consciente de que tentei lutar pelo contrário e de todos os dias lutar por um País e uma empresa melhores, embora me apelidem de louco, não esqueço que os loucos vislumbram mais longe e ai a história está a meu favor senão vejamos: Einstein, Van Gogh, Wilhelm Reich, Martinho Lutero entre tantos outros de uma lista infindável de loucos, que eles sim serão lembrados pela história enquanto os cérebros deste malfadado País e desta empresa esses, farão parte das rasuras da mesma.
Gostaria de divagar um pouco sobre alguns temas que têm a ver com aquilo que escrevo lembrando frases de Gente célebre, alguns mesmo considerados loucos no período em que viveram; então sobre ignorância temos:

A ignorância está sempre pronta a admirar-se a si própria. (Nicolas Boileau)
A ignorância é a mãe de todos os males. (François Rebelais)
A ignorância é a maior enfermidade do género humano. (Marcus Cícero)
Ter-se a consciência de que se é ignorante, constitui um grande passo na direcção da sabedoria. (Benjamim Disraeli)

Também existem frases que reflectem a inteligência dos loucos:

É prova de inteligência saber ocultar a nossa inteligência. (François La Rochefoucauld)
O homem culto é apenas mais culto; nem sempre é mais inteligente que o homem simples. (Hermann Hess)
Há duas categorias de seres inteligentes: aqueles cujo espírito irradia e os que brilham: os primeiros iluminam à sua volta, os segundos mergulham-nos nas trevas. (Marie Eschenbach)
Ser inteligente é ser desgraçado. O imbecil é feliz. Mas o animal também. (Virgílio Ferreira)

Outras reflectem tambem a justiça das coisas:

A justiça inflexível é frequentemente a maior das injustiças. (Terêncio)
A justiça é a sanção das injustiças estabelecidas. (Anatole France)
A justiça pode caminhar sozinha; a injustiça precisa sempre de muletas, de argumentos. (Nicolae Iorga)


Com a consciência tranquila de estar a fazer tudo quanto está ao meu alcance para tentar melhorar o que me rodeia, de tentar evitar conflitos por vezes quase que inevitáveis, de tentar fazer entender que com clareza e justiça nas decisões tudo será bem melhor, enfim de lutar por não aceitar uma derrota certa baseada em fundamentos não fundamentados de mentes asneadas, que não aceitam que o decidido pode estar enganosamente errado e ser irremediavelmente injusto.
Espero um dia acordar do pesadelo em que vivo, para que com clareza consiga entender tudo o que me rodeia sem me sentir a errar no local quase que desprezível onde passo o meu dia a dia.
Para quem à muitos anos conheceu esta empresa com o turbilhão de gentes que por aqui trabalhava, com os rostos cansados e marcados pelas agruras do tempo mas que se notavam algo felizes, tem de forçosamente sentir uma grande tristeza ao ver a forma como as coisas se encontram, como a degradação vai fluindo lentamente deixando de rastos quem verdadeiramente se preocupa com o estado das coisas, sinto saudades do negrume ambiente destas oficinas, do cheiro a carvão exalado pelas carochas, nos invernos rigorosos, inclusive do areal que era parte do piso por onde andávamos, enfim tudo aquilo que em miúdo achava lastimável ainda existir.
Tenta-se ao mesmo tempo e a todo o custo incriminar quem do trabalho faz o seu dia a dia, quem amargamente vai contribuindo com o seu melhor para que tudo não pareça tão mau, quem vai lutando contra o estado em que as coisas se encontram, mas já com a mente esgotada e quase sem forças para conseguir sair do abismo em que certamente acabará por sucumbir.
Não existirão loucos que consigam estimular vontade nas pessoas ainda crédulas de que tudo possa voltar a ser como antes, com esse estimulo conseguir arrastar os mais renitentes, todos quanto já deixaram de acreditar como é possível encontrar novamente o rumo certo, ou será que estou a sonhar e é perda de tempo preocupar-me com tudo isto, ainda acredito na vontade de algo se poder fazer para que se possa melhorar.
A morte anunciada a conta gotas continua a desbastar as hostes trabalhadoras que tanto deram a esta Empresa, que tanto ainda tinham para dar mas onde alguém a troco de dinheiro fácil os vai incentivando a desistir, em sua opinião saem porque estão fartos da injustiça e da apatia generalizada vivida no dia a dia, poderia chamar a esta sangria prostituição desenfreada derivada da loucura das mentes brilhantes que, inteligentemente vão contrariando o que era desejável ao desenvolvimento da mesma.
O mau estar instalou-se de tal forma que olhando em redor vejo: pessoas a quererem de qualquer forma ir embora, chorar por não ter ido, barafustar e ralhar por terem sido esquecidas, enfim um sem numero de razões sem razão, que lhes foi incutido no espirito e de alguma forma está a fazer o seu efeito, sou tentado a entender tudo isto como uma vil tentativa de degradação psicológica para com quem aqui anda à mais de 30 anos tentando não se deixar abater por tão infame experiência.